Charles Lutwidge Dodgson que usava o pseudônimo Lewis Carroll |
Bem, e o famoso escritor Lewis Carroll autor de Alice no País das Maravilhas e Alice no País dos Espelhos?
Então, e se eu lhe disser que Charles e Lewis são a mesma pessoa!!!
Isso mesmo. Lewis Carroll ficou mundialmente conhecido após escrever as obras citadas acima. E acreditem, realmente existiu uma Alice na vida de Lewis Carroll. Em 1862, ao passear de barco com as meninas Alice, Edite e Lorina, filhas do reverendo Henry Liddell, reitor do Christ Church College, começou a criar a história "Alice no Pais das Maravilhas", publicada em 1865. Logo em seguida escreveu "Alice Através do Espelho", publicada em 1872, onde o tema é uma partida de xadrez e os personagens são as peças do jogo.
Cogumelo Amanita muscaria |
Capa do livro de M.C. Cooke |
Sabe-se também que Lewis leu um livro chamado A play and easy account of the British fungi de M.C. Cooke publicado em 1862 o que pode tê-lo inspirado o capítulo 5 do livro (Conversa com uma lagarta) na qual Alice encontra uma lagarta em cima de um cogumelo (parecido com o cogumelo alucinógeno Amanita muscaria) e toda aquela discussão toda de que se comer um lado do cogumelo a fará crescer e o outro lado a fará diminuir. Aliás, várias aventuras de Alice refletem os efeitos alucinógenos deste cogumelo, que na verdade é o cogumelo usado para ilustrar sues contos de fada.
De todos os personagens extravagantes do livro, há um em especial: O chapeleiro louco. O que tem a ver o chapeleiro ser louco?
Chapeleiro Maluco ou Chapeleiro Louco: Personagem de Carrol em sua obra; Johnny Depp fez o papel deste na versão para o cinema |
Esta exposição aos vapores de mercúrio também foi palco dos garimpos pelo Brasil. Os garimpeiros usavam o mercúrio metálico para formar uma liga (amálgama) com o ouro para facilitar a extração deste. Posteriormente, o amálgama era aquecido para eliminar o mercúrio em forma de vapores que então era inalado pelos garimpeiros. E ainda, a contaminação de águas favorecia o surgimento de tal doença em adultos e crianças, uma vez que este mercúrio era encontrado nos peixes (na forma de metil-mercúrio que se forma com a interação deste com microorganismos) usados na alimentação de população ribeirinha.
Em casa, devemos estar atentos aos usos de lâmpadas e seus cuidados de manuseio. Sabe-se que há vários tipos de lâmpadas para iluminação doméstica, onde podemos diferenciá-las por conterem mercúrio, que são as lâmpadas fluorescentes (tubulares e compactas) e lâmpadas de descarga (mista, vapor de mercúrio, vapor de sódio e vapor metálico) e ainda as lâmpadas que não contêm mercúrio (lâmpadas incandescentes e halogenadas/dicróicas).
Tipos de lâmpadas residenciais: lâmpada incandescente, lâmpadas fluorescentes tubulares e fluorescentes compactas |
Tipos de lâmpadas de iluminação doméstica: lâmpada incandescente, fluorescentes tubulares e fluorescentes compactas.
Eu já presenciei algumas crianças e jovens utilizando estas lâmpadas para fazerem o famoso "cerol" ou "cortante". Elas quebram diversas lâmpadas dessas e ficam expostos aos vapores. Em casa, caso uma lâmpada dessa se quebre, recomenda-se abrir portas e janelas (arejar o ambiente) e deixar o local por um tempo.
Fica ai a dica!!!
Referências:
Schwarcz, J. Barbies, Bambolês e Bolas de Bilhar. Ed. Zahar
Carroll, L. Alice no País das Maravilhas. Ed. Zahar
Silveira, L. C. L.; Ventura, D. F.; Pinheiro, M. C. N.; Toxicidade Mercurial – Avaliação do sistema visual em indivíduos expostos a níveis tóxicos de mercúrio, Ciência e Cultura. vol.56 no.1, 2004.
Durão Junior, W. A.; Windwoller, C.C.A Questão do Mercúrio em Lâmpadas Fluorescentes. Química Nova Interativa.
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