sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Homenagem ao Dia das Bruxas: a química da bruxaria

Neste post, em homenagem ao Halloween, trago um vídeo do Canal Fala Química (Fala Química) sobre as principais moléculas da Bruxaria, como os alcalóides tropano, e moléculas como escopolamina, reserpina e até efedrina, molécula utilizada até hoje. E por que os sapos eram um de seus  principais ingredientes em certas "poções"

As bruxas eram capazes de preparar poções do sono profundo, do amor e da morte e ainda o famoso unguento para voar 

A vassoura era indispensável para a bruxa voar
Aliás, a palavra Halloween é derivado de All hallow's Evening, que tem como significado "Noite de todos os Santos". Sua origem tem cerca de 3000 anos na cultura céltica e diz a lenda que nesta noite, os mortos retornam ao mundo dos vivos para pegar suas almas com fortes ameaças. Por isso a tradição de pedir doces.

O uso de máscaras pelas pessoas seriam uma forma de afugentar os maus espíritos e a tradicão da abóbora tem origem na lenda irlandesa de Jack O'Lantern, um homem que convidou o diabo para tomar um "drink" em sua casa na Noite de Todos os Santos e, finalmente, terminou no inferno.

Já as velas no Dia das Bruxas são uma importante simbologia, uma homenagem dos aldeões para os mortos para impedir pesadelos...

Neste vídeo, saibam por que as bruxas eram capazes de voar em suas vassouras!!

Curtam o vídeo e Happy Halloween:



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dicas de Conhecimento Unifeb

Olá pessoal. Na semana passada, fomos convidados a gravar algumas aulas-dica para os alunos que prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Esta é uma proposta do UNIFEB na prestação de serviço para toda a comunidade chamado "Dicas de Conhecimento"

Fiquei muito feliz com o convite, e lá estávamos, em uma quarta-feira pela manhã, juntamente com meu parceiro José Marcelo, o professor Salmem e o Vágner para gravar aulas-dica de Química  e Física e como na imagem abaixo, foi Show de Bola!!!
Bastidores da Gravação do "Dicas de Conhecimento" do UNIFEB

Foi uma grande experiência gravar em um estúdio profissional, com aquele fundo verde, chamado "Chroma Key" onde não há nada além dele. As imagens e fundos são adicionados por computadores. Se futuramente os produtores puderem mostrar o Making off das gravações, seria muito legal!!

Enquanto você está gravando as aulas, que no meu caso, foram duas, uma sobre metais de sacrifício e outra sobre a distribuição eletrônica e a Tabela Periódica, não tínhamos a dimensão do resultado final que ficou muito legal, o qual vocês podem conferir clicando na imagem abaixo.


Espero que tenham gostado!!

Dia do Professor: Uma breve história da minha carreira

Hoje, comemora-se o Dia do Professor. Profissão esta que acabou me escolhendo pois não imaginava esta profissão para mim, apesar de minha mãe ter exercido esta profissão por muitos anos e meu pai ter formado em Licenciatura em Química e Matemática.

Quando fui escolher minha carreira para o vestibular tentei Engenharia Mecânica na Unesp de Ilha Solteira...por uma infelicidade, acabei não entrando por ter zerado na prova de inglês. Mas tudo bem, por certos motivos, acabei decidindo cursar Licenciatura e Bacharel em Química...e acreditem, fiz esta escolha influenciado por professores, o professor Conde e a professora Ana Leonor (Nonô). Como sempre gostei de química, transformação, reações explosivas, decidi então encarar o desafio.

Entrei em Química no UNIFEB no ano de 1997, primeiramente no curso de Licenciatura. Me apaixonei pelo curso e decidi que queria seguir a carreira acadêmica. Enquanto cursava licenciatura em química, fiquei maravilhado com o Instituto de Química da Unesp em Araraquara.

Uma das passagens mais marcantes para que eu decidisse cursar Pós-Graduação foi quando eu estava trabalhando no antigo Frigorífico Anglo SA, como analista de laboratório, e num certo dia rotineiro no laboratório, conversando com outro analista, que era formado em Química pela FEB (antiga Unifeb), perguntei se ele tinha vontade de cursar Mestrado e Doutorado. Com toda simplicidade ele me respondeu não teria condições de fazer por ser formado na Feb, que seria muito difícil e que ali estava bom tamanho para ele.

Aquela resposta ficou por muito tempo na minha cabeça...aquela rotina de laboratório estava começando a me incomodar. Claro que, muitos gostam desta rotina de laboratório. Mas eu, não vi perspectiva de crescimento nesta empresa. Conversando com o professor Jeosadaque Sene, fui envolvido pela sua narrativa empolgante de cursar mestrado e doutorado, já que ele próprio havia feito. Não esqueço suas palavras: "Vá e faça, o mestrado abrirá sua mente, ampliará sua concepção de química, de ciência"

Terminei a Licenciatura em Química e já estava decido fazer mestrado, mesmo com as palavras de desânimo daquele analista na minha mente e com o incentivo de meu professor. Por ironia do destino entrei no Curso de Mestrado em Ciências de Materiais no Departamento de Física e Química da Unesp de Ilha Solteira, o primeiro lugar que eu já quis estudar.

Lá, tive um grande orientador, o Prof. Victor Ciro, um peruano que confiou em meu trabalho e como químico, me deu o trabalho de desenvolver filmes finos com possível aplicação em células solares utilizando um método químico de deposição. Aprendi muito com este professor orientador o qual conversávamos sobre tudo, desde filme fino até músicas peruanas.

Não posso dizer que foi fácil, tive de estudar muito, mas consegui terminar o Curso, defendendo minha Dissertação dois anos e quatro meses após meu ingresso. Como lá ainda não havia curso de Doutorado, decidi procurar outra instituição. Conversando com o professor Cláudio Carvalho, me indicou um orientador na Unesp de Araraquara...olha o destino novamente agindo de formas misteriosas!

Em meados de 2002, estava matriculado no curso de Doutorado em Química sendo orientado por um dos maiores autoridades na área de Cerâmica. Em Araraquara, cursei a disciplina de Química Analítica como estágio docência com outra celebridade: o professor Massao Ionashiro, considerando um dos maiores químicos analíticos da América Latina. Com todo seu conhecimento em química e análise térmica e por sua simplicidade de levar a vida, levo até hoje alguns de seus conselhos dados durante uns e outros cafézinhos na cantina do Diretório Acadêmico.

Em 2005, bem na metade do curso de Doutorado, surgiu a oportunidade de lecionar a Disciplina de Físico-Química para o curso de Bacharelado em Química Tecnológica no atual UNIFEB. Fui aprovado no processo seletivo público e comecei esta jornada de professor universitário na mesma instituição onde tudo começou para mim.

Estou no UNIFEB há 9 anos e ainda leciono em uma escola de ensino médio e fundamental, o Colégio Carlos Drummond de Andrade. Já colhi muitos bons frutos nesta carreira que, de uma forma ou de outra, nunca há rotina, e como disse meu amigo e professor José Marcelo, estar na sala de aula, nossa mente nunca envelhece.

Como se tudo isso já não bastasse, o destino trouxe para minha vida uma pessoa maravilhosa, minha esposa...que também é professora de educação fundamental.

Em minha última colação de grau, na qual fui homenageado, recebi um presente em que nele estava escrito: "Um professor sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua influência termina - Henry Adams"

Agradeço as influências de minha mãe, primeiramente, e de meus mestres os quais tive o privilégio de ser tocado por esta profissão e Feliz dia dos Professores!!

Esta foi a minha história. Qual é a sua?

Professor Norberto Amsei

sábado, 11 de outubro de 2014

Proposta Projeto Interdisciplinar PIBID: Pluviômetro

Neste "post", trago uma proposta de trabalhar o conteúdo de ciências e matemática no PIBID para o Projeto Interdisciplinar. Esta proposta foi apresentada e discutida com os alunos bolsistas em uma de nossas reuniões.

Pluviômetro comercial









Pensando em utilizar o conhecimento matemático no ensino de ciências, propomos a elaboração de um Pluviômetro utilizando material alternativo. E não somente a construção do equipamento para medir o índice pluviométrico, mas também discutir o uso da matemática na interpretação dos resultados.

Basicamente, o pluviômetro é um equipamento utilizado para medir a quantidade de chuva em uma determinada região por um determinado período. Os pluviômetros comerciais, são cilíndros ou cones graduados, o qual já permite a leitura dos "milímetros" de água de chuva.

A proposta do projeto é construir um pluviômetro com garrafas descartáveis de PET e estabelecer os cálculos matemáticos para se chegar no mesmo resultado dos pluviômetros comerciais.

É claro que é necessário o entendimento desta unidade de medida para a quantidade de chuva. O que significa este "milímetro" de chuva, já que milímetro é uma unidade de comprimento e a água de chuva pode ser melhor medida em volume?

Vamos explicar, como foi mostrado em nossa última reunião:


De acordo com as informações acima, a unidade de milímetro de chuva equivale a altura da coluna de água em uma área 1 m2 . Considerando uma área de 1 m x 1 m, o volume de água necessário para subir a coluna em 1 mm equivale a 1,0 L. Assim, temos:



 Na primeira situação, poderíamos utilizar uma garrafa de PET. Fazendo um corte na região superior, e invertendo ao "funil" na garrafa, poderíamos coletar a quantidade de água da chuva, sem se preocupar com a área de coleta ou com o formato da garrafa. 

Seria necessário, somente, um recipiente para fazer a leitura do volume de água, podendo ser, por exemplo, uma proveta ou qualquer recipiente graduado em volume. 

No exemplo acima, suponha um volume de 500 mL coletados após um dia de chuva. 500 mL de água seria suficiente para, em uma área de 1 m2, obter uma altura de 0,5 mm.

Em uma segunda situação, poderíamos dimensionar a área de coleta de água, conforme mostrado na imagem abaixo:


Nesta situação, seria necessário um recipiente de formato cilíndrico regular. Para isso, sua base deverá ser preenchida com cimento, formando assim, um cilindro regular. Em seguida, uma régua, do tipo escolar, é fixada na garrafa. O a base da garrafa, na região plana, seria o marco de 0 cm da régua. 

Considerando o diâmetro da garrafa (área de coleta) de 10 cm, o que na verdade é mais ou menos este valor para garrafas de 2L, calcula-se a área de coleta, que dos cálculos acima é de 78,54 cm2

Supondo que a quantidade de chuva coletada em um dia marque 10 cm de altura, o volume calculado de água seria 785,4 cm3. Este volume corresponde a 0,7854 L. Este volume, em uma área de m2, formaria uma coluna de aproximadamente 0,785 mm. 

Desta maneira, pode-se estabelecer uma equação matemática que relaciona a altura da coluna de água na garrafa PET por meio da leitura da régua em função do Índice Pluviométrico (I.P.):

Recomenda-se instalar o pluviômetro a uma altura de 1,5 m do solo em um área bem aberta. Não instale debaixo de árvores ou próximo à muros e construções.

Sugestão de instalação do pluviômetro
Assim, é possível trabalhar com os alunos função matemática, construção e interpretação de gráficos e tabelas. E ainda, fazer um comparativo com os índices pluviométricos obtido das agências de meteorologia, encontrado em diversos endereços eletrônicos. 

Bom pessoal, é esta a proposta de se trabalhar um conteúdo interdisciplinar para meus alunos do PIBID-UNIFEB.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Idiocracia

Esta semana no Colégio, os alunos puderam assistir o filme Idiocracia. Uma comédia, mas com uma mensagem muito interessante sobre o futuro da humanidade. No filme, Joe Bowers participa de uma experiência de hibernação em câmara de criogenia. Entretanto, ao acordar 500 anos depois, encontra uma sociedade "emburrecida". Como o homem mais inteligente do mundo, apesar de seu QI mediano, se vê na condição de consertar as coisas. 

Após a exibição filme e em um momento de reflexão sobre o impacto das novas tecnologias para o futuro da humanidade, os alunos fizeram uma resenha, ou um texto que expressasse suas opiniões. Abaixo, pode-se notar que eles tiveram esta percepção e uma aluna do 9° ano redigiu este texto:

"Em minha opinião, o filme mostra a realidade sobre o futuro. Hoje em dia tem sempre aqueles que não estudam, mas também tem algumas que “salvam” e estudam, mas no futuro a tecnologia vai ser muito avançada, que as pessoas não vão querer perder tempo estudando se elas podem estar jogando, trocando mensagens, etc.. Se a tecnologia de hoje em dia, que não é tão boa assim, já deixa as pessoas sem estudar, sem tempo pra abrir um livro e ler, imagina com a tecnologia do futuro, que vai estar muito mais avançada.
No filme Idiocracia, a pessoa com o QI baixo (nos dias atuais), no futuro esta com o QI muito alto, o mais alto de todos, por quê? Porque as pessoas se deixaram levar pela tecnologia e esqueceram os estudos para trás. Não podemos dizer que a tecnologia é ruim, pois usamos a tecnologia para quase tudo que fazemos. Se pararmos para pensar, assistimos aulas online, aulas com slides, etc...
Hoje ninguém liga de jogar lixo na rua “ah um lixinho aqui não vai fazer diferença”, sim claro que vai, no futuro... Ninguém pensa no futuro, e só começam a pensar quando começa a perceber que esta perdendo. A água desperdiçada que todos não dão valor no futuro irá fazer diferença, não vai existir água, sem água não tem vegetação, plantio, a final não vai existir natureza.
Como uma pessoa com o QI baixo, consegue no futuro arrumas todas as coisas que as pessoas conseguiram acabar, não teria que ser ao contrário? As pessoas “do futuro” arrumar e acabar com os problemas do passado? A realidade é essa, se ninguém arrumar agora não vai ser depois que ira mudar.
Acho que o filme pode mudar o pensamento de algumas pessoas, pois ele mostra a realidade mesmo, o mundo só tende a perder e não a ganhar, e ninguém para pra tentar arrumar isso, pra se ter um futuro melhor, pois não vamos ser nos que vamos estar presentes no futuro então... ninguém quer resolver os problemas dos outros não é mesmo?
Vamos parar um pouco para pensar no futuro, tentar acabar com um problema que está só começando, que é bem mais fácil que um problema já terminado, que não tem mais solução.
            Vamos tentar ter um futuro com água, natureza, sem pilhas de lixos, com uma boa tecnologia para aproveitarmos com moderação, temos tudo para ter um futuro como queremos"

Ana Luiza Molezini Rezende 
Aluna do 9° ano